Aos meus queridos amigos!
Escrevo e apago mil vezes. Vou até à capela. Converso com uma irmã.
Viajo até onde estao vocês agora... A
té aquela que foi durante tanto tempo a minha casa...
Converso com Jesus. Rezo. Concentro-me.
Encontrar a missão.
Encontramos a nossa missao.
Ser missionarios.
Deixarmo-nos encontrar pela missao.
Encontrarmo-nos.
Ser.
Amar.
Foi mais ou menos este percurso que fiz tentando ouvir o que o meu coraçao levada dentro e que pudesse, esta noite, fazer sentido partilhar.
Muito resumido foi isto, encontrei e fui “encontrada” e tudo isso envolvida na missao, no ser missionário e no amar. Vendo bem, em traços gerais, o meu caminho foi como o de tantos outros que caminham e caminham e caminham atrás de algo até um dia, sentirem que encontraram e que afinal o que procuravam era uma forma de caminhar, que no meu caso é o Amor, e alguém com quem caminhar, que na minha vida, é Jesus.
Encontrar a missao é isso mesmo. É caminhar, é buscar, é perguntar porquê, como, para quê... e ir buscando essas respostas à nossa volta, a quem caminha connosco, a quem caminha ao nosso lado!
No meu caminho foi assim, parti em missao, trouxe respostas para digerir aqui, voltei a partir e perecebi que para encontrarmos a nossa missao é preciso encontrarmo-nos a nós mesmos primeiro. E grande parte do meu percurso, a parte mais consciente desta busca, foi feita nesse procurar-me e nessa procura encontrar Jesus. Perceber que “fui feita” para uma missao e que queria muito descobri-la e pô-la em pratica.
Percebi também que ser missionário era levarmos o que temos de mais precioso aos outros e que as vezes isso passa por emprestar um livro a alguém, levar uma lazanha a peregrinos, ir com uma amiga á missa, passar as férias num outro país, varrer uma sala...
Um mundo de coisas que pouco a pouco vai-nos revelando como é bom servir os outros e servir com os outros. Como é bom amar e pôr um pedacinho de amor em tudo o que fazemos.
Comigo estes pequenos serviços, a integraçao na Paróquia de Algés e o trabalho com o grupo de jovens fizeram com que eu percebesse que a minha vocaçao passava pela vida consagrada. Com doar a minha vida a Jesus e à unica lei que ele nos trouxe. O Amor.
A verdade é que a minha vida mudou muito e hoje sou postulante das Carmelitas Teresas de Sao José e é a amizade com Jesus que dá sentido à minha vida e isso traz-me uma felicidade imensa. Uma felicidade diferente da que eu sentia, uma felicidade que nao depende do dia, nem do momento, nem sequer das pessoas com quem estou. Depende do sentido que damos ao nosso caminho e esse sentido, hoje, na minha vida, sei que é Jesus.
É isto que eu penso que é encontrarmos a missao.
É buscar, em tudo, O Amor e nesse caminho encontrarmo-nos.
1 comentário:
e que bem soube ler estas linhas...
obrigado!
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