quarta-feira, fevereiro 29, 2012

eu sei que qualquer dia nao tenho dedos mas...
dava um dedinho para ter participado nisto! que loucura!

terça-feira, fevereiro 28, 2012

"A virtude é mais perseguida pelos maus do que amada pelos bons."
Miguel Cervantes

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

«Há vários tipos de pobreza. Na Índia, onde uma mancheia de arroz é preciosa, as pessoas vivem e morrem na fome. No Ocidente, não se morre de fome, mas vós tendes outro tipo de pobreza, muito pior. É a pobreza de quem não ora, de quem não se preocupa com os outros, de quem não está contente com o que tem, de quem não sabe sofrer e de quem se desespera. Esta pobreza do coração é mais difícil de socorrer.»
Madre Teresa de Calcutá
alguem ja me podia ter dito que "anedocta" em castellano nao era o mesmo que anedota em português...
teriam-me poupado muitas vezes a sensaçao de nao perceber a piada de algo...

Amo-te!

















Eu amo-te sem saber como, ou quando, ou a partir de onde.
Eu simplesmente amo-te, sem problemas ou orgulho:
eu amo-te desta maneira porque não conheço qualquer outra forma de amar sem ser esta, onde não existe eu ou tu, tão intimamente que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão, tão intimamente que quando adormeço os teus olhos fecham-se.

Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor"
Por Manuela Gonzaga

As crianças atropelavam-se umas às outras, invadindo o jardim onde estávamos todos. Queriam bolachas, fatias de bolos e copinhos com gelado para levar para a cave. Era para dar aos gnomos. Em tarde de festa de anos, nos tempos em que Maputo se chamava Lourenço Marques, a brincadeira pôs um sorriso na cara de toda a gente. Só uma parecia descontente. Era uma menina, acabara de fazer cinco anos, e o seu rostinho sério contrastava com a alacridade dos amigos. Chamei-a:


– Estás zangada?
– Estou ofendida – respondeu.
– Porquê?
Encolheu os ombros:
– Eles não acreditam. Eles não conseguem ver.
– O quê?
– Os gnomos.
– E tu?
– Eu brinco com eles e levo-lhes sempre doces. Eles adoram doces.

A nossa conversa, a meia voz, foi interrompida bruscamente por uma mulher de uns 30 anos, que erguendo a voz a repreendeu:

– Mentir é muito feio. Gnomos não existem. Meu Deus – exclamou voltando-se para a assembleia de adultos e adolescentes como eu, que participavam na festa – vou ter de proibir contos de fadas, nesta casa. A minha filha confunde realidade com fantasia e está a tornar-se uma criança mentirosa, o que é horrível.
Posto isto, sorriu, e pôs-se a falar de outra coisa qualquer. Nunca mais esquecerei a expressão da criança e da forma como lhe respondeu quase num grito:
– Eu não sou mentirosa, e tu és má. Nunca mais nunca mais nunca mais te conto nada!!

E fugiu com o seu prato de bolachas e bolos, seguida do grupo dos seus pequenos amigos e amigas que já não riam nem gritavam, mas segredavam uns com os outros. Quase todos, lamento recordá-lo, em ar de troça.

Não sei se alguma vez tive amigos invisíveis. Se tive, perdi-os nas pregas da memória, esse saco sem fundo de formas tão irregulares e instáveis, onde podemos perder eternidades de recordações lá dentro, até ao dia, improvável, em que tropeçando nos seus labirintos, as encontramos como se acabassem de ter sido vividas. Mas não ponho de parte a ideia consoladora de os ter tido.

Aliás, alguns dos meus filhos tiveram-nos. Um deles, por exemplo, assustou-me tremendamente quando, por volta dos seus seis anos, nos comunicou que falava com portas, melhor, que as portas falavam com ele. Respirei fundo, deixei a informação pousar e fiquei atenta ao desenrolar daqueles diálogos.

Depois, muitos anos mais tarde, foi a vez da minha sobrinha neta ter feito saber ao mundo que não ia para lado nenhum sem a sua grande amiga Clarinha, que, por acaso, só ela via e que durante anos fez parte da família. E desde há uns anos, com a colecção juvenil que iniciei, tenho obtido muitos e reconfortantes sinais de que o mundo das crianças e dos jovens continua tão mágico como sempre foi.

Não entendo, juro que não entendo, como é que pessoas pretensamente inteligentes, ou que gostam de se ver como tal, não percebem que a imaginação é o portal de acesso ao universo, aos universos todos, sem tempo nem distância nem limites. E que tudo o que nos rodeia é produto directo dessa mesma imaginação que alguns insistem em desvalorizar. Dos aviões aos computadores, da roda ao automóvel, dos alfinetes aos tachos e panelas, das roupas e acessórios, às casas, oh, céus, a lista não tem fim, tudo, em resumo, começou por ser um sonho de alguém ou de muita gente a sonhar em conjunto, que tomou forma e acabou partilhado por todos.

Não entendo, juro que não entendo, como alguém pode ousar reduzir a pó o mundo sagrado e mágico de uma criança, pelo simples facto de ter enterrado como inútil, a memória de ter sido uma, sem perceber, do alto da sua inepta racionalidade que é a imaginação que nos separa, e apenas ela, das outras espécies com quem partilhamos o planeta.

Erradiquem do ser humano esta função superior, e obterão autómatos insatisfeitos e insaciáveis, que mais tarde ou mais cedo fazem soar os seus gritos de revolta.

Manuela Gonzaga é escritora. Mestre em História pela Universidade Nova de Lisboa, publicou, entre outros, a biografia de António Variações, a de Maria Adelaide Coelho da Cunha, e uma coleção juvenil, "O Mundo de André", com a chancela do Plano Nacional de Leitura que já vai no 3º titulo. O blog de Manuela Gonzaga emhttp://www.gonzagamanuela.blogspot.com/

domingo, fevereiro 26, 2012

falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos e falamos... e eu amei. obrigada.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

O dé foi tioooooooooooooooo! :)

















Parabéns!!!
confesso que me sinto um nadinha tia tambem porque te tenho como um irmao.

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Bom caminho!

e...

...começa a quaresma!!! :)
"(...) never focus on the problem,
look behond the problem (...)
see what no one else sees,
see what everyone chooses not to see (...)"

in Patch Adams

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

frase alusiva à alegria imensa que levo dentro por terem entrado na minha vida a Mopa e as Lentilhas! e tenho dito.

terça-feira, fevereiro 14, 2012

uma das coisas mais "ricas" deste período que estou a viver é a quantidade de pessoas extraordinárias que tenho ouvido e conhecido.
ontem. Teresa Forcades.
em duas palavras... Bru tal!

hoje a minha oraçao da manha foi por voces. os 2.

divulgando...

http://www.tedxcascais.com/

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

"A humildade é a base e o fundamento de todas as virtudes
e sem ela não há nenhuma que o seja."
Miguel Cervantes

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

«Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos.
Mas o verdadeiro grande homem
é aquele que faz com que todos se sintam grandes.»
Gilbert Keith Chesterton

terça-feira, fevereiro 07, 2012

novidade!

What life is for!

um milhão de saudades...

short story

(...) ela todos os dias caminhava aqueles minutos para O ver,
ía de ombros caídos, de cara fechada, de maos nos bolsos.
voltava de olhos brilhantes e de rosto para o mundo.
Ele, sempre cheio de Amor, era bem mais fiel.
"Há um cansaço da inteligência abstracta e é o mais horroroso dos cansaços. Não pesa como o cansaço do corpo nem inquieta como o cansaço pela emoção. É um peso da consciência o mundo, um não poder respirar com a alma."
Bernardo Soares

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

domingo, fevereiro 05, 2012

Venha plantar uma das 500 árvores de espécies autóctones e ajudar a realizar sonhos!

"Nesta iniciativa colocamos nas suas mãos a oportunidade de plantar sonhos! Contribua com 2.5€ para a associação Terra dos Sonhos [www.terradossonhos.org] e com o apoio da Agência Cascais Natura – Oxigénio [www.cascaisnatura.org], terá a oportunidade de plantar uma árvore e ajudar a realizar o sonho de crianças e jovens doentes, carenciados e idosos.
A iniciativa irá realizar-se dia 18 de Fevereiro (Sábado), das 11:00 às 16:00, no Bosque do Pisão de Baixo, no Parque Natural de Sintra – Cascais.
Plante esta Ideia
Para participar e receber informações inscreva-se aqui!
"Live simply so that others can simply live."
daqui.

sábado, fevereiro 04, 2012

Quero ser teu amigo

Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Fernando Pessoa

por causa de um email...

..passei a tarde de ontem a pensar no Songoku em estado super-guerreiro!
obrigada Mitch!

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Boas noticias!

Paraplégico está a atravessar França de muletas!
mais aqui!
incrível não?
Bronnie Ware – uma enfermeira que acompanhou dezenas de pessoas em fim de vida – conta como ficou surpreendida por ouvir repetir as mesmas lamentações às portas da morte. As mais frequentes eram estas:

1)"quem me dera ter tido coragem de viver de acordo com a minha verdade e não segundo as expectativas dos outros";
2)"gostaria de não ter trabalhado tanto";
3)"preferia ter tido a coragem de expressar os meus sentimentos";
4)"quem me dera ter mantido os amigos mais chegados";
5)"devia ter-me permitido ser mais feliz".

E eu? Talvez possa evitar ser mais um a repetir estas lamentações!
[Texto completo aqui: http://www.inspirationandchai.com/Regrets-of-the-Dying.html]
"roubado do ver para alem do olhar"

feeling... Blue!

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

É urgente

É urgente o amor
É urgente um barco no mar

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer
É urgente o amor, é urgente
permanecer
Eugénio de Andrade