"O meu saudoso amigo Almada Araújo contou-me esta outra história que trouxe do Oriente: um homem perseguido por um elefante enfurecido refugiou-se num grande e profundo poço. Desceu pelos troncos e raízes que iam mergulhar lá no fundo das águas. Um pavoroso rugido veio desse fundo e era o de um dragão de boca escancarada, pronta para tragar o inimigo do elefante. Este não desistia de guardar à vista a sua presa, nem o dragão desesperava de a devorar. Dois ratinhos - um branco e um preto - vieram alternadamente um de cada lado, roer os dois troncos, aos quais, com cada uma das mãos, o homem se suspendia sobre o abismo. O homem, entretanto, reparou que de uma das raízes, ali mesmo ao alcance dos seus lábios, ressumava um precioso mel... Então lambeu o mel enquanto o tempo da sua vida se escoava rápida e inexoravelmente.
-Na vida temos um destino final a que o tempo nos conduz inexoravelmente. O Tempo, simbolizado na história pelos ratinhos branco e preto, a sucessão dos dias e das noites. A arte de viver consiste em saborear o mel da vida, mesmo quando a adversidade nos atinge."
João dos Santos
um mimo de um grande amigo. ;)
obrigada C.
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
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