"...Vivemos como cidadãos e como espécie em permanente estado de emergência, como em qualquer outro estado de sítio, as liberdades individuais devem ser contidas, a privacidade pode ser invadida e a racionalidade pode ser suspensa. Todas estas restrições servem para que não sejam feitas perguntas...
... o medo foi, afinal, o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei a minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte, vislumbravam-se mais muros do que estradas...
...há neste mundo mais medo de coisas más que coisas más propriamente ditas ....
...para fabricar armas é necessário fabricar inimigos, para produzir inimigos é imperioso inventar fantasmas ....
...porque razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são precisamente os que mais armas venderam a Kadafhi?
...em pleno século XXI um de cada seis seres humanos passa fome, o custo para superar a fome mundial seria uma fracção muita pequena do que se gasta em armamento, a fome será sem dúvida a maior forma de insegurança do nosso tempo...
...há quem tenha medo que o medo acabe..."
Mia Couto aqui.
terça-feira, setembro 27, 2011
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