Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
Fernando Pessoa
sexta-feira, setembro 03, 2010
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3 comentários:
tonta!
O poema é lindíssimo mas merece uma pequena correcção: és alguém.
És TU e há quem goste de ti assim mesmo, como és.
Rita,
tu não serás, tu és alguém,
tu já vais ajudando a construir a obra que Deus quer, fazendo com o mundo não deixe de acreditar em Deus.
Entre ramos entrelaçados se baseia a nossa vida, com obstáculos, e nós temos que enfrentá-los atingindo a verdadeira paz.
Rita, tu nunca poderás ser, tu és o que és, como toda a gente sabe! :D
bj*
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