quarta-feira, outubro 20, 2010
sexta-feira, outubro 15, 2010
Dia a Dia em pacotes de açúcar!
Um dia vou ter contigo quando menos esperares. Um dia troco o certo pelo incerto. Um dia vou-me apaixonar pela pessoa certa. Um dia levo-te para um elevador e carrego no "stop". Um dia quebro a rotina. Um dia sentes um pontapé na minha barriga. Um dia parto a loiça toda. Um dia levo-te o pequeno-almoço à cama. Um dia vais ao castigo. Um dia faço-te a folha. Um dia faço-te um striptease. Um dia vou conquistar a minha paz de espírito e a minha liberdade. Um dia vou-te provar. Um dia mando o chefe passear. Um dia deixo de pensar em ti e parto para outra. Um dia atiro-me de cabeça. Um dia vou lutar pelo que quero. Um dia digo-te que o teu lugar é comigo. Um dia hei-de compensar-te por tudo. Um dia arrisco a ver se petisco. Um dia dou um beijo à homem aranha. Um dia vou falar menos e ouvir mais. Um dia farei de ti a pessoa mais feliz do mundo. Um dia beijo-te a meio de uma frase. Um dia largamos tudo e fugimos juntos. Um dia vou sair para a rua e gritar que sou feliz. Um dia ainda faço 300 kms para estar contigo. Um dia peço-te em casamento. Um dia vou ter um filho lindo. Um dia nunca mais digo "um dia".
Um dia procuro-me e encontro-Te.
Um dia procuro-me e encontro-Te.
quinta-feira, outubro 14, 2010
quarta-feira, outubro 13, 2010
segunda-feira, outubro 11, 2010
Não Sei o que É Conhecer-me
Não sei o que é conhecer-me. Não vejo para dentro.
Não acredito que eu exista por detrás de mim.
Alberto Caeiro
Não acredito que eu exista por detrás de mim.
Alberto Caeiro
sexta-feira, outubro 08, 2010
quinta-feira, outubro 07, 2010
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade, in 'O Corpo'
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade, in 'O Corpo'
quarta-feira, outubro 06, 2010
domingo, outubro 03, 2010
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